segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Como se dá a Orientação Sexual na visão do Multirio

De acordo com o Multirio, órgão carioca, "a abordagem da sexualidade não deve limitar-se ao tratamento de questões biológicas e reprodutoras, muito ao contrário, deve incluir um questionamento mais amplo sobre o sexo, seus valores, seus aspectos preventivos, para o indivíduo como forma de exercício da cidadania".Eles justificam que a Educação Sexual, como qualquer processo educativo, apresenta efeitos e resultados demorados, muitas vezes só observados após muito tempo e, certamente não tem o poder de transformar todas atitudes e comportamento dos jovens."O fundamental é a possibilidade de se desenvolver um trabalho educativo positivo, de valorização humana, mesmo que limitado o seu alcance, através de uma intervenção pedagógica adequada, que possibilite ao jovem capacidade de escolha e a eliminação de sentimentos de culpa", explica o Multirio. Eles alertam, no entanto, para o fato de que, mesmo ressaltando a importância da educação sexual como uma prática educativa de liberdade, esta abordagem nem sempre tem cumprido estes objetivos. "Além de, muitas vezes, limitar-se à veiculação de informações de caráter puramente biológico ou preventivo, no que se refere ao controle das doenças sexualmente transmissíveis, gravidez e outros inconvenientes sociais, pode, também, difundir atitudes repressivas moralistas que impliquem num comportamento reprodutivo adequado à política demográfica".Por isso, o Multirio entende que é conveniente sempre analisar para que e a quem serve a Educação Sexual. "Com todas as evidências a escola não pode fugir ao seu papel de educadora e ignorar a questão sexual, diante da situação criada pelo aparecimento e difusão da AIDS entre os jovens, entre outras questões. A participação dos pais é fundamental no processo de Educação Sexual, pois, incentiva o processo de co-responsabilidade", define o órgão carioca.A escola, segundo eles, "complementa o que é iniciado no lar, supre lacunas, combates preconceitos e revê conceitos destorcidos. A escola não tem como função dizer o que é "certo" ou "errado", ela deve preparar o jovem para discriminar o que é biológico, o que vem da cultura, da classe social a que pertence levando-o a sua própria verdade. Cabe aos pais se posicionarem claramente sobre o que consideram importante para seus filhos", acreditam.

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