
O Rio de Janeiro foi a capital do Reino de Portugal e dos Algarves, como era oficialmente chamado Portugal na época, entre 1808 e 1815. E passou a ser a capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a única cidade do mundo que sediou um império europeu fora da Europa, de 1815 a 1821. A vinda da corte portuguesa trouxe profundas transformações culturais. Para além dos aspectos econômicos e políticos, o Rio de Janeiro lucrou indiscutivelmente com os progressos materiais empreendidos por D. João e seus ministros de Estado. A cidade foi palco da criação da imprensa no Brasil, por meio da instalação da Impressão Régia em 1808. De seus prelos saíram, por exemplo, o primeiro jornal impresso no Brasil - a Gazeta do Rio de Janeiro.
Inúmeras instituições de natureza cultural e científica foram implantadas durante o período joanino e o Rio foi escolhido para sediá-las. Assim, a Real Bibliotheca (atual Biblioteca Nacional), o Museu Real (atual Museu Nacional da Quinta da Boa Vista), o Jardim Botânico, o Real Teatro São João, a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, a Escola Anatômica Cirúrgica e Médica do Hospital Militar do Rio de Janeiro, a Academia Real Militar, foram algumas das instituições estabelecidas no Rio de Janeiro e que evidenciam o movimento de europeizar os trópicos empreendido por D. João.

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